sexta-feira, 27 de maio de 2011

Acho que eu poderia ter escrito isso, mas o Caio já escreveu, o momento dele era parecido com o meu, mas os elementos eram diferentes. Crescer assusta, aquele nó na garganta, o medinho de não saber nem o que ou como fazer as coisas. A gente só percebe que tá ficando adulto quando a gente sente muitas coisas e isso as vezes dói, acho que é amadurecimento que tá chegando.


"Amo vocês como quem escreve para uma ficção: sem conseguir dizer nem mostrar isso. O que sobra é o áspero do gesto, a secura da palavra. Por trás disso, há muito amor. Amor louco – todas as pessoas são loucas, inclusive nós; amor encabulado – nós, da fronteira com a Argentina, somos especialmente encabulados. Mas amor de verdade. Perdoem o silêncio, o sono, a rispidez, a solidão. Está ficando tarde, e eu tenho medo de ter desaprendido o jeito. É muito difícil ficar adulto.

Amo vocês, seu filho,
Caio"

Nenhum comentário: