segunda-feira, 29 de agosto de 2011

quase 20 minutos olhando pra essa tela em branco. foram os 20 min mais tranquilos desse dia que não teve uma folga pra ser alguma coisa que não fosse uma pessoa correndo atrás de coisas atrasadas, escutando pessoas reclamando, organizando e desorganizando idéias, sentindo raiva e vontade de jogar tudo pro ar.
esses minutos que fiquei olhando para tela em branco me fizeram pensar em muitas coisas que eu poderia escrever aqui, mas nenhuma delas tinha a capacidade necessária pra ser desenvolvida no decorrer do texto. tem dias que me sinto assim, com muitas coisas na cabeça, mas sem força pra desenvolve-las no decorrer dos dias.
já cansei de pensar sobre o que fazer com elas, realmente as vezes eu não sei o que fazer em dias como esse. sinto vontade de correr, sair de perto de todo mundo, chorar, resolver tudo de uma vez, fazer tudo que preciso... é muito louco como a gente tem dias que tudo parece nada, parece que tudo o que a gente precisa resolver é pra todos, menos pra gente. tem dias que a gente cansa um pouco de tudo.
de repente aparecem 20 minutos, já no finalzinho do dia, pra lembrar que amanhã tem mais dias pela frente!

domingo, 21 de agosto de 2011


“A grande decepção dos amantes que buscam a felicidade através do amor é produzida pela sua incapacidade em aceitar que, como todas as coisas vivas, o amor também tem um começo, um meio e um fim. Nem seu tempo, nem seu espaço e nem a sua alegria podem ser determinados e controlados por razão da vontade e pela força de poder. Assim, às vezes somos obrigados a perder um amor precocemente, ou a ter de suportá-lo desnaturado, moribundo ou mesmo morto. Só a liberdade e a autonomia nos ensinam a aceitar biológica e humanamente o tempo, o espaço e a alegria das coisas vivas.”

domingo, 14 de agosto de 2011

a vida segue e a gente vai com ela!

eu ainda acredito em seres humanos!
pode soar estranho essa frase. para alguns o estranhamento vem do fato de que a fé nos seres humanos é quase inexistente frente aos acontecimentos do mundo, já para outros não acreditar em seres humanos é um absurdo.
eu prefiro pensar baseada no que eu vivo em relação às pessoas. posso dizer aqui que não vivo a fase mais feliz da minha vida, que não acho que a vida é só bela ou só feia e que quem acompanha esse blog já deve ter percebido que o momento ainda é de reflexão e reconstrução. acho que não perder a fé nas pessoas é um grande passo quando a fase não é das mais tranquilas, pode significar que algumas coisas ainda tem salvação nessa vida, isso pode parecer dramático demais, mas quem não faz um drama de vez em quando? 
a questão não é o drama, mas os acontecimentos e sentimentos que me levam a chegar nessa conclusão. isso é o que mexe comigo hoje, foram e acho que por um tempo ainda vão ser tantos os dias que o nó na garganta vai aparecer, a vontade de ir embora vai surgir e eu vou me atrapalhar com algumas coisas. só que hoje eu escolhi pela minha capacidade de fé, coisa que eu achava que não existia mais, que tava perdida em algum lugar do mar brabo que anda minha mente. existem algumas coisas que servem como catalizador de vida, acho que em algumas situações a gente fica mais sensível para perceber elas, sei lá, devido às vivências, medos, angustias, ansiedades que vão tomando conta da gente sem pedir licença.
no meio disso tudo eu lembro que não houve nenhum acontecimento específico que me fez acreditar nos seres humanos, não vi ninguém salvando uma vida, não fui salva por ninguém e acho que nesses exemplos eu pude demonstrar que realmente nada de tão grandioso aconteceu. mas em meio a turbulências que aconteceram comigo e com pessoas queridas, esse sentimento de fé na capacidade humana de sermos humanos apareceu. acho que ver pessoas sendo apenas pessoas, assumindo seus erros, dando chances de refazer suas histórias, oportunizando perdão, brigando e estragando relações, falando e se arrependendo, tendo a capacidade de dar mais uma chance pro amor, pro amigo, pra si. acho que quando a gente vê o mundo de forma mais crua é quando a gente consegue sentir que a vida segue e a gente vai junto com ela, as vezes deixando ela nos levar, outras vezes tomando conta dela ou simplesmente sentindo a dureza de alguns momentos e a beleza de outros. sei lá, acho que eu poderia procurar todos os motivos do mundo pra querer acabar com ele ou talvez virar as costas para as pessoas, mas eu acho que seria muito mais dolorido pra mim do que encarar de frente a minha humanidade e os reflexos que ela tem nos outros e sofre dos outros. ninguém disse que crescer seria fácil, mas também nunca me alertaram que poderia ser tão difícil que eu não seria capaz de lidar com isso. 
eu acredito na capacidade humana de sermos humanos, acho que isso resume tudo o que eu quis dizer aqui, isso explica o incomodo de ser humana e a alegria de me reconhecer como tal.